segunda-feira, 13 de junho de 2011


Hoje eu vou escrever não para a mulher que me atormenta...

Mas sim para mim mesmo, para os meus caros amigos com corações dilacerados.

Meus pobres familiares com as botas sujas de lama.

Para os desconhecidos que talvez um dia irão me conhecer e me detestar.

Para as aves que cantam de manhã, para os cachorros que latem quando eu passo de moto.

Para os artistas que me fazem sentir alegria quando eu aprecio suas canções.

Não vou cantar para ti, oh doce ruína, que me despedaça em três. Em ti deposito minha indiferença. Em ti deposito o meu amor estagnado. Minha fé inexistente. Meu autocontrole assustador. Meu susto fora do controle.

Aqui estou eu falando de amor novamente, gaguejando e desejando os lábios teus.

Aqui estou eu novamente incendiando um prédio lotado de emoções, viajando em non-senses.

Aqui estou eu escrevendo para a mulher que me atormenta ...



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