quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

um junkie

um junkie solitário e perturbado parado olhando sua seringa esvaziar-se...
os bolsos dele estão vazios, o casaco está imundo, a pele está pálida, o cabelo um nojo,
mas ele não dá a miníma...
ele deve uma quantia considerável a um agiota, se não devolver ao amanhecer o dia levará um tiro na cabeça,
ele encontra-se em um quarto escurecido, esfumaçado, fedorento e cheio de insetos,
mas ele não dá a miníma...
um gordo adentra o recinto, ele está ensanguentado... com o próprio coração nas mãos...
é uma carta que tinha acabado de receber da sua amada, um ADEUS, "nunca mais te verei"
o gordo senta, respira e pede um pouco. o junkie nega. ele tem o coração ferido por uma arma...
a arma da indiferença.
a arma da incerteza.

ele não terá mais seu coração ferido por essa arma...

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